Prólogo de Lost in the Darkness: O Destino de um vampiro

Essa é para os eternos amantes de vampiros. Leiam e se deliciem com um pedacinho de meu livro, inspirado na música Bring me to life, de Evanescence e na saga Twilight, da amada Stephenie Meyer.
É o prólogo, um flashback muito importante para a compreenssão do livro. Beijos. *-*

Prólogo ; Medidas desesperadas

Europa - Muralha, 1485

     Ele corria o mais rápido que seu corpo suportava. Não podia simplesmente desistir. Arfava de medo só em pensar que já poderia ser tarde demais. Sentia no fundo de seu ser que ela deveria ficar com ele, era o certo a fazer. Ela o queria e o sentimento era recíproco. O destino dos dois estava dependendo dele. Suas almas correspondiam um ao outro. Os Deuses podiam ver isso, não podiam? Ele não sabia a resposta.
     Só sabia que ela era tudo o que tinha. Não sobraria mais nenhuma razão para viver se a perdesse.
     Correu por entre as vielas escuras e com cheiro de esgoto, pulou muros de todas as alturas, correu por cima do telhado das casas deixando  moradores irritados para trás... Tudo para poupar o tempo, mas precisava apressar-se mais. Aumentou a velocidade até o ponto em que as pessoas curiosas que o observavam só vissem o borrão de sua figura encantadora. Não ligou para as pessoas. Que olhem!, pensou ele com raiva. Nenhum deles seria capaz de entender o que ele sentia de qualquer modo, pois não possuiam alma como Dave. Jamais conheceriam o amor. Eram uma casca vazia de sentimentos puros e verdadeiros. Eles diriam adeus à suas esposas sem pestanejar quando enjoassem da cara delas, mas Dave sempre amou uma única mulher. Não podia deixá-la partir sem lutar por ela.
     Eles se conectavam de um jeito que só em olhar no fundo dos olhos um do outro, sabiam o que estavam pensando. Se comunicavam tão facilmente... Ela pertencia a ele, não ao homem que a levava para o altar.
     Lembrou então do dia em que se conheceram e dançaram juntos pela primeira vez. Era a festa feita pelo imperador, para comemorar o retorno de sua deusa.
     Anita havia retornado no corpo da filha de um camponês que vivia em um vilarejo mais ao sul. Saulo fora buscá-la como era dever do filho do imperador. Ele acabou apaixonando-se por ela no momento em que a viu e, momentos antes da comemoração, revelou a Dave, seu melhor amigo, que a jovem deusa lhe roubara o coração. Saulo, como todo vampiro nobre, assim como Dave, possuia alma. Ele não sabia se ela lhe concederia a mão em matrimônio, mas tendo em vista o apoio de seu pai, o Imperador, não teria porquê recusar.
     Quando ela desceu a escadaria de mármore polida, naquela noite de festa, o salão voltou suas atenções à ela. Foi então que Dave a viu e, como se sentisse a força de seu olhar, ela virou suas íris azuis translúcidas para ele. Seus olhos se prenderam para nunca mais se separarem.
     Saulo a cortejou durante toda a festa, mas ela mal o ouvia, pois procurava o homem que lhe chamara a atenção e do qual nem o nome sabia. 
     Encontrou-o próximo a uma das portas laterais que davam para o jardim, chamando-a para ir com ele. Inventou uma desculpa qualquer para se livrar de Saulo e foi em busca do desconhecido.
     — Perdida, jovem dama? — perguntou ele. Ela entrou em seu jogo de cortejo, timidamente feliz.
     — Sim, oh, doce cavalheiro. Poderia oferecer-me sua ajuda? — indagou ela, erguendo as sobrancelhas finas e delicadas.
     — Claro. — Dave sorriu. — Vamos caminhar a beira do lago e assim, a senhorita me conta como veio parar no meio da sociedade vampira. Queira acompanhar-me, minha deusa.
     — Sob a condição de não me chamares de deusa, eu decerto aceito seu convite — murmurou ela com um sorriso doce nos lábios.
     — E qual seu seria seu nome?
     — Anita Blair.
     — Sou Dave Thorton e é uma honra desfrutar de sua compania esta noite.
     Eles calaram-se por fim e caminharam até a beira do lago de águas cristalinas à luz da lua em sua fase crescente. Dave reparou na beleza de Blair. Seu rosto era pequeno e oval, de feições suaves e angelicais. Pele clara e um cabelo negro de um brilho violeta surpreendente, como se uma luz roxa incidisse constantemente sobre ele. Seus olhos azuis translúcidos e cheios de mistérios sobre sí mesma, com uma aura de benevolência e integridade. Ela definitivamente era a reencarnação da deusa Anita, protetora dos vampiros.
     Ela tambem reparou na beleza de Dave. Em seu cabelo preto de um escuro frio, em sua pele levemente pálida, em seus olhos negros com a tão conhecida borda vermelha dos vampiros que desaparecia completamente conforme a vontade, em seus braços fortes, sua maneira cadenciada e segura de andar... Eram tantos os detalhes daquela criatura perfeita que ela só conseguiu ficar olhando para ele, e quando percebeu que ele também a observava, desviou os olhos envergonhada.
     — Nunca viu um vampiro assim tão de perto, não é? — perguntou Dave curioso. — Como descobriu quem você é?
     — Eu, durante toda minha vida, sabia que os vampiros existiam e meu pai, rigoroso, exigiu que eu guardasse este segredo — começou ela. E a súbita vontade de desabafar a compeliu a falar mais. — Ele sabia quem eu era, a deusa das lendas... Meu pai casou-se com uma vampira, por isso sabia de tudo. O vilarejo não acreditava na existência desses seres sombrios, mas sabiam que feiticeiros existiam. Havíamos os visto certo dia. Foram expulsos do vilarejo imediatamente. Uma vizinha foi nos visitar em uma noite de lua nova e bisbilhotanto uma coisa e outra, encontrou um livro um tanto suspeito e achou que minha família pertecia à uma hera de bruxos, feiticeiros, ou algo parecido à isso. Acabaram queimando um humano inocente e uma vampira. Mataram meus pais em praça pública e me obrigaram a assistir enquanto os queimavam... Foi horrível — falou Blair com a voz chorosa. Sentiu-se aliviada por finalmente poder conversar sobre aquele assunto doloroso com alguém. Ainda era difícil lembrar-se dos dias que seguiram os acontecimentos.
     — O que aconteceu depois?
     — Prenderam-me na masmorra que eles mantiam. Chamaram um grupo de estudiosos forasteiros para estudarem sobre mim, descobrir o que eu "podia" fazer. Assim que eles conseguissem algo, mandariam me matar. Antes disso, Saulo buscou-me, tirou-me de lá. Serei eternamente grata a ele.
     Dave sentiu uma pontada de ciúme. Saulo a pediria em casamento e ela aceitaria em forma de agradecimento, ele sabia. Não poderia permitir que ela se apaixonasse por seu melhor amigo, a queria para sí. Sentiu dor por trair Saulo, mas não conseguia resistir à força que o prendia à ela. Puxou-a para seu corpo e dançaram à beira d'água. A lua iluminando-os magestosamente. O amor nasceu em pleno outono.
     O vestido vermelho com rendas pretas de Blair esvoaçava conforme giravam. Pareciam flutuar, os pés mal tocavam o chão. O vento soprou em seus rostos. Beijaram-se silenciosamente e sorriram, cumplices um do outro.
     Os sinos da igreja tocaram, tirando Dave de seus devaneios, tra- zendo-o para o momento presente. Escancarou a porta de madeira es- culpida a mão e olhou para as pessoas presentes na igreja e para Blair ao lado de Saulo no altar. Estava tão linda vestida de branco que Dave se imaginou alí ao lado dela. Ela sorriu brevemente ao vê-lo, mas sua feição passou para preocupação ao ouvir as palavras de Dave.
     — Eu reinvidico Blair em matrimônio, propondo uma disputa de posse com Saulo Ignoro, seu atual noivo.
     Saulo sorriu, mascarando a mágoa no fundo de seus olhos casta- nhos.
     — Aceito. E que o melhor sobreviva.

***

E então, o que acharam? Espero que tenham gostado! Participem da promoção #LD e então, se der a sorte de ser um dos ganhadores, poderão ler em primeira mão!
Comente sobre o prólogo!
Beijos amores!


2 comentários:

  1. Achei o prólogo demais, muito empolgante, mas queria saber como faço para comprar o e book? Quero muito ler esse livro. Se puder, entre em contato comigo, meu email é sol.potter@hotmail.com. Por favor me mande uma resposta, bjos.
    Ps: Meu nome é Solange

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  2. Agora que li o prólogo!
    Nossa que babado tem essa estória!
    Fiquei mais curiosa ainda pra ler!

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